A Meta anunciou recentemente mudanças importantes em suas políticas de anúncios no Facebook e no Instagram. Para publishers e anunciantes que dependem dessas plataformas para gerar tráfego e receita, entender as novas regras não é opcional.

Essas atualizações afetam diretamente a forma como campanhas são aprovadas, exibidas e entregues. Isso significa que criativos, segmentações e até páginas de destino precisam estar em conformidade para evitar bloqueios, queda de alcance ou até suspensões de conta.

Neste artigo, explicamos o que mudou, quais são os impactos mais relevantes para quem opera campanhas de mídia e, principalmente, o que você pode fazer agora para manter performance sem correr riscos.

O que mudou nas políticas de anúncios da Meta

A atualização divulgada pela Meta reforça critérios mais rígidos para anúncios que direcionam usuários a páginas externas, especialmente em setores onde já havia maior vigilância (como conteúdo sensível, claims de performance exagerados ou experiências consideradas enganosas).

Entre os pontos principais, a plataforma passa a:

  • Aperfeiçoar a checagem de páginas de destino: agora, não basta o anúncio estar em conformidade. O link precisa oferecer uma experiência transparente, com conteúdo coerente e sem excesso de anúncios intrusivos.
  • Restringir criativos com linguagem enganosa ou sensacionalista: títulos e descrições que prometem resultados imediatos ou usam termos vagos estão mais suscetíveis a reprovação.
  • Endurecer penalizações por reincidência: contas que repetidamente violarem as diretrizes terão histórico negativo registrado, o que aumenta o risco de bloqueio permanente.
  • Ampliar aplicação de inteligência artificial na aprovação: revisões automatizadas serão mais rápidas, mas também menos tolerantes a inconsistências entre criativo, copy e página de destino.
  • Regras mais rígidas para categorias especiais (como saúde, finanças, política e questões sociais), que agora exigem maior nível de comprovação e autorização prévia.

Na prática, o que antes era visto como “brecha criativa” ou “exagero de marketing” tende a ser barrado logo na análise inicial. Isso exige que publishers e anunciantes revisem seus fluxos para garantir conformidade antes mesmo de submeter campanhas.

Custos de anúncios no Brasil vão subir

Além das mudanças de compliance, a Meta confirmou um ajuste que impacta diretamente o bolso de quem anuncia. A empresa deixará de absorver os impostos indiretos (PIS/COFINS de 9,25% e ISS de 2,9%) e passará a repassar esse valor diretamente aos anunciantes brasileiros.

Na prática, isso significa um aumento de aproximadamente 12,15% no custo dos anúncios no Facebook e Instagram.

Essa alteração exige ainda mais atenção ao planejamento de mídia. Orçamentos que antes eram suficientes para manter alcance e frequência precisarão ser recalibrados, ou o resultado das campanhas pode cair rapidamente.

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Principais riscos para anunciantes e publishers

Com as novas regras da Meta e o aumento nos custos de mídia, o risco não está apenas em ter campanhas reprovadas, mas também em comprometer a rentabilidade da operação.

Os pontos mais críticos são:

  • Maior chance de reprovação e bloqueio de contas: qualquer desalinhamento entre criativo, copy e página de destino pode gerar histórico negativo e restringir campanhas futuras.
  • Aumento de custo por resultado (CPM, CPC e CPA): o reajuste de 12,15% impacta diretamente o investimento mínimo necessário para manter performance.
  • Queda de escala em campanhas contínuas: orçamentos planejados sem considerar o repasse de impostos vão perder eficiência.
  • Dependência excessiva de um único canal: quem concentra investimento apenas em Facebook e Instagram fica mais vulnerável tanto a mudanças de política quanto a reajustes financeiros.

Em resumo: o risco hoje não é apenas perder aprovação de anúncios, mas também ver margens de lucro reduzirem mesmo em campanhas que continuam ativas.

Como se adaptar: checklist de boas práticas

Diante de mudanças simultâneas em compliance e custo, publishers e anunciantes precisam revisar rapidamente suas operações. Algumas ações imediatas ajudam a reduzir riscos e manter competitividade:

  1. Audite suas páginas de destino
    • Verifique se o conteúdo é coerente com o anúncio.
    • Reduza anúncios intrusivos e elementos que possam ser interpretados como enganosos.
  2. Ajuste criativos e copys
    • Evite claims exagerados (“ganhe rápido”, “garantia imediata”).
    • Priorize mensagens claras e benefícios reais.
  3. Reforce compliance em categorias sensíveis
    • Se atua em saúde, finanças ou política, garanta autorizações e documentações necessárias.
  4. Recalibre orçamentos de mídia
    • Inclua a alta de 12,15% no planejamento.
    • Reavalie projeções de ROI e margens de lucro.
  5. Diversifique canais de aquisição
    • Reduza dependência exclusiva de Facebook e Instagram.
    • Explore programática e outras SSPs para compensar aumentos de custo.

Estratégias para não perder receita

Adaptar-se às novas políticas da Meta é apenas o primeiro passo. Para garantir crescimento sustentável, publishers e anunciantes precisam revisar a estratégia de aquisição de tráfego como um todo. O primeiro movimento é otimizar continuamente os criativos, realizando testes A/B frequentes para identificar quais formatos entregam melhor performance dentro das novas regras. Essa prática reduz o risco de reprovações e evita desperdício de verba.

Também é essencial investir em mensuração avançada. Com os custos mais altos, cada clique precisa ser rastreado com precisão. Isso significa configurar corretamente os eventos de conversão e adotar modelos de atribuição que revelem o impacto real de cada campanha no resultado final.

Outro ponto crítico está no planejamento de campanhas com margens realistas. Recalcular as metas de ROI já considerando o aumento de 12,15% nos custos evita frustrações e permite decisões mais assertivas sobre escalar ou pausar investimentos.

Além disso, diversificar fontes de tráfego deixa de ser opcional. A dependência excessiva do Facebook e do Instagram expõe a operação a riscos elevados. Incorporar mídia programática e explorar diferentes SSPs cria redundância e garante maior previsibilidade de receita, mesmo em cenários de instabilidade.

Por fim, contar com especialistas em compliance e mídia faz diferença direta no resultado. Em um ambiente em que mudanças acontecem com velocidade e impacto financeiro imediato, análises qualificadas ajudam a identificar gargalos antes que eles comprometam a performance da operação.

Conclusão

As mudanças recentes da Meta mostram que o ambiente de mídia digital está cada vez mais exigente. O aumento de custos e o endurecimento das regras de aprovação não deixam espaço para improviso. Quem mantém campanhas sem revisões profundas corre o risco de perder performance rapidamente ou até comprometer a estabilidade da conta.

O caminho para não ficar vulnerável passa por três pontos centrais:

  1. Garantir compliance absoluto entre criativo, copy e página de destino.
  2. Replanejar orçamentos já considerando o reajuste de 12,15% nos custos.
  3. Diversificar canais para reduzir dependência de um único ecossistema.

Estar sozinho diante dessas mudanças é arriscado. Contar com especialistas que acompanham de perto as políticas e sabem como otimizar resultados em cenários de instabilidade faz diferença direta na receita.

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