Se o CPM do seu site caiu nas últimas semanas, você não está sozinho. Essa é uma das métricas que mais preocupam publishers e, ao mesmo tempo, uma das que mais variam dentro da mídia programática. Uma queda repentina pode parecer um problema técnico ou um sinal de que “algo quebrou”, mas na maioria das vezes, o motivo está em fatores previsíveis — e corrigíveis.
O CPM (Custo por Mil Impressões) é o termômetro da saúde de uma operação de monetização. Ele reflete a combinação entre qualidade do inventário, concorrência entre anunciantes e o valor percebido da sua audiência. Quando o número cai, significa que um ou mais desses elementos perderam eficiência, seja por sazonalidade, erro de configuração, queda de performance de anúncios ou até mudanças externas no mercado.
A boa notícia é que uma queda de CPM raramente é definitiva. Com diagnóstico preciso e ajustes bem direcionados, é possível recuperar a performance e até superar os níveis anteriores de receita.
Neste artigo, você vai entender as 7 causas mais comuns de queda no CPM e aprender como corrigir cada uma delas, aplicando boas práticas que ajudam a estabilizar e escalar o faturamento do seu site de forma sustentável.
O que é CPM e por que ele varia
O CPM (Custo por Mil Impressões) é o valor que os anunciantes pagam, em média, para exibir mil anúncios no seu site. Em outras palavras, é o indicador que mede o quanto o mercado valoriza o seu inventário. Quando o CPM está alto, significa que os anunciantes estão competindo por espaço; quando cai, indica que a concorrência diminuiu ou que o inventário perdeu eficiência em algum ponto da cadeia.
Ao contrário do que muitos publishers acreditam, o CPM não depende apenas da quantidade de tráfego. Ele é resultado da combinação de diversos fatores, como:
- qualidade e origem dos acessos;
- tempo médio de visualização dos anúncios (viewability);
- contexto do conteúdo e segmentação do público;
- performance dos criativos (CTR e engajamento);
- sazonalidade do mercado e comportamento da demanda.
Esses elementos se cruzam dentro do leilão programático, determinando quanto cada anunciante está disposto a pagar por uma impressão. Por isso, quedas no CPM raramente têm uma única causa: elas são o reflexo de vários fatores que mudaram ao mesmo tempo.
Entender essa dinâmica é o primeiro passo para diagnosticar o problema corretamente. A seguir, você verá as 7 causas mais comuns de queda no CPM e o que fazer em cada caso para recuperar sua receita.

7 causas comuns de queda no CPM (e como resolver)
Identificar a causa certa da queda no CPM é o que separa uma operação reativa de uma operação estratégica. Abaixo estão os sete fatores mais comuns que derrubam o valor pago por mil impressões — e o que fazer para recuperar sua receita em cada cenário.
1. Sazonalidade do mercado publicitário
Nos primeiros meses do ano e logo após períodos de alto investimento, como Black Friday e Natal, é natural que o CPM caia. O motivo é simples: os anunciantes reduzem seus orçamentos, e a competição nos leilões diminui.
Como resolver: analise o histórico trimestral do site e identifique padrões de sazonalidade. Ajuste o floor price temporariamente e mantenha parceiros de demanda ativos para evitar quedas abruptas.
2. Mudanças nas políticas das SSPs e ad exchanges
Atualizações em plataformas de mídia podem alterar regras de leilão ou restringir categorias de anunciantes, impactando diretamente o volume de bids.
Como resolver: acompanhe os comunicados oficiais das SSPs integradas ao seu stack e revise integrações com frequência. Evite depender de um único parceiro de demanda.
3. Queda de viewability
Se seus anúncios aparecem abaixo da dobra, carregam lentamente ou são ignorados pelo usuário, a viewability cai — e o CPM acompanha essa queda.
Como resolver: utilize ferramentas de medição como o Active View ou Moat e reposicione os blocos de anúncios em áreas de maior visibilidade.
4. Redução do CTR por saturação criativa
Quando os usuários veem os mesmos formatos e criativos com frequência, o engajamento diminui, e os anunciantes passam a pagar menos por impressões.
Como resolver: teste novos formatos (nativos e vídeo), implemente ad refresh inteligente e use segmentações variadas para diversificar a entrega.
5. Erros de configuração no Ad Manager
Alterações em line items, prioridades ou valores mínimos podem desbalancear o leilão e reduzir a competição entre compradores.
Como resolver: revise periodicamente as configurações do Google Ad Manager e valide se o floor price está coerente com o histórico de CPM.
6. Aumento de tráfego de baixa qualidade
Visitas de fontes com baixa retenção, alta taxa de rejeição ou bots reduzem a percepção de valor do inventário e impactam o CPM global.
Como resolver: monitore métricas de engajamento e use ferramentas de detecção de tráfego inválido (IVT). Priorize fontes com bom tempo de permanência e CTR saudável.
7. Stack de monetização desatualizado ou redundante
Ter múltiplas SSPs concorrendo de forma ineficiente pode gerar bid duplication e distorcer os resultados do leilão.
Como resolver: faça uma auditoria completa do stack, elimine redundâncias e priorize conexões diretas de alta performance.
Ao tratar cada uma dessas causas com base em dados, o publisher deixa de reagir ao sintoma (a queda do CPM) e passa a agir sobre as variáveis que realmente afetam o resultado.
Diagnóstico rápido: como identificar a causa no seu caso
Saber que o CPM caiu é apenas o ponto de partida. O passo seguinte é descobrir por que isso aconteceu e onde está o problema dentro da operação. Um diagnóstico estruturado ajuda a agir rápido e com precisão.
Veja um roteiro prático para identificar a causa da queda:
1. Analise o período da queda
Compare o CPM atual com o mesmo período do ano anterior. Se a redução ocorre sempre nas mesmas datas, é provável que seja sazonalidade de mercado, e não erro operacional.
2. Avalie o comportamento das métricas complementares
- Viewability: se caiu junto com o CPM, há problema de posicionamento ou carregamento.
- CTR: se reduziu significativamente, o problema pode ser saturação criativa ou tráfego de baixa qualidade.
- Fill rate: se diminuiu, há perda de competição ou falhas técnicas entre parceiros de demanda.
3. Verifique a origem do tráfego
Fontes novas de visitantes podem parecer positivas, mas se entregam usuários com baixo tempo de permanência, aumentam a taxa de rejeição e derrubam o CPM médio. Compare os resultados por canal (orgânico, pago, social, direto).
4. Monitore o desempenho por geografia
O CPM pode variar até 80% entre países e regiões. Se o tráfego internacional aumentou, mas sem relevância para anunciantes locais, o valor por impressão tende a cair.
5. Revise seu stack de monetização
Audite as SSPs conectadas, confira logs de erro e valide se há bid duplication. Pequenas inconsistências técnicas podem representar grandes perdas de receita.
Com esse diagnóstico, você identifica rapidamente se a queda é sazonal, técnica ou estratégica — e pode aplicar a correção certa sem comprometer o desempenho geral do site.
Conclusão: CPM é termômetro, não sentença
Quedas de CPM fazem parte da rotina de qualquer publisher, mas o impacto que elas causam depende da capacidade de identificar rapidamente a causa e agir com estratégia. Entender os fatores que influenciam o valor pago por mil impressões permite antecipar movimentos do mercado e corrigir desvios antes que afetem a receita.
O publisher que trata o CPM como indicador de saúde da operação, e não apenas como métrica de resultado, ganha clareza sobre onde ajustar: seja no tráfego, na viewability, na configuração de parceiros ou na experiência do usuário. Essa visão técnica é o que diferencia operações estáveis das que vivem em reação constante a quedas e picos.
Se o CPM do seu site caiu e você quer entender o que está por trás disso, fale com os especialistas da AdSeleto. Nossa equipe ajuda publishers a diagnosticar gargalos, otimizar o stack de monetização e recuperar receita de forma estruturada e sustentável.